quarta-feira, 23 de março de 2011

Adeus Liz Taylor

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Para um admirador do cinema clássico a morte de Elizabeth Taylor traz consigo a inevitável comparação com o cinema atual, onde os efeitos especiais são os protagonistas das tramas (se é que ainda há tramas) e a sétima arte, com raríssimas exceções, prefere deixar de lado a reflexão e o ativismo social e político que tivera antes.

Tenho em minha estante “O Espectador Noturno”, livro de Jerôme Prieur onde o francês narra as primeiras impressões que grandes nomes da literatura mundial tiveram no primeiro contato com a Sétima Arte. Hoje essas impressões, com certeza, seriam mais impactantes sob o ponto de vista da “adrenalina” e menos sob o ponto de vista da emoção e do afloramento de sentimentos líricos. É justamente isso que Liz Taylor representou: o sentimento lírico na arte de interpretar diante das câmeras.

De qualquer modo morreu a cidadã Elizabeth Taylor, assim como já morreram atores e atrizes com os quais dividiu a telona (Spencer Tracy, Montgomery Clift, Paul Newman, James Dean, Rocky Hudson, Deborah Kerr, Katherine Hepburn, Eva Marie Saint, Donna Reed), além claro de grandes diretores (Vincent Minnelli, George Stevens, Richard Brooks), símbolos de uma época que não existe mais.

Meus filmes preferidos de Liz Taylor:

Father of the Bride (1950) - direção Vincent Minnelli
Father's Little Dividend (1951) – direção Vincent Minnelli
A Place in the Sun (1951) – direção George Stevens
Cat on a Hot Tin Roof (1958) – direção Richard Brooks
Who's Afraid of Virginia Woolf? (1966) – direção Mike Nichols

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